DINÂMICA DA FRONTEIRA AGRÍCOLA EM RONDÔNIA: PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE RIO CRESPO
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n4-016Palavras-chave:
Agronegócio, Análise Multitemporal, Geotecnologia, Uso do Solo, Sensoriamento Remoto, Sustentabilidade AmbientalResumo
O objetivo geral deste estudo é analisar os principais padrões espaciais de uso e ocupação do solo no município de Rio Crespo (RO) ao longo de 40 anos. A escolha do município de Rio Crespo justifica-se por sua representatividade no cenário de Rondônia, funcionando como um microcosmo das transformações socioeconômicas e ambientais que marcaram a história do estado na Amazônia Ocidental. Para isso, recorreu-se a uma abordagem metodológica baseada no uso de geotecnologias e cartografia digital, com ênfase na construção e interpretação de mapas temáticos. O processo de produção cartográfica contou com recursos aplicados ao reconhecimento automatizado das classes de uso e cobertura do solo, o que permitiu maior precisão na análise espacial e a Análise Multitemporal. Os principais resultados revelam que Rio Crespo passou por um processo acentuado de conversão da vegetação nativa em áreas agropecuárias, com destaque para a expansão da pecuária extensiva e de cultivos de ciclo curto. O padrão observado é típico da fronteira agrícola amazônica: fragmentação florestal, uso pouco diversificado do solo e avanço produtivo com baixa reversão ambiental. Constatou-se o crescimento de áreas não vegetadas e sinais de degradação física do solo, como erosão e solos expostos. As conclusões apontam para a necessidade de planejamento territorial orientado pelo conceito de sustentabilidade ambiental, com a valorização de práticas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o manejo agroflorestal e o fortalecimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), e o sensoriamento remoto como instrumentos de controle e monitoramento ambiental; também, os padrões espaciais foi de cultivo da terra como o café, origem do município pelo projeto do Núcleo Urbano de Apoio Rural (NUAR) Cafelândia, do Projeto de Colonização Marechal Deodoro, promovido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), com transição do uso do solo, principalmente, para a soja e gado que levaram o ano de 2018 a um marco do desenvolvimento do agronegócio.
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